Ter a casa própria é um dos principais sonhos de consumo do brasileiro. Pelo menos é o que afirma uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), que teve como principal objetivo traçar o perfil e os hábitos do consumidor. Segundo o estudo, aproximadamente um terço da população deseja comprar uma casa ou um apartamento nos próximos anos. Não é difícil compreender esse resultado, afinal de contas, o brasileiro paga, em média, um terço do seu salário só com aluguel. Isso sem contar o fato de que, nesta situação, não há um aumento no patrimônio familiar.
No entanto, nem sempre a compra da casa própria é a melhor opção. Levar em consideração os juros de financiamentos, por exemplo, é uma medida fundamental para que as parcelas não sejam agressivas demais para o orçamento familiar. Nesses casos, economizar ou investir pode ser uma saída melhor, até mesmo para pensar na aquisição do imóvel futuramente.
Neste post, trouxemos dicas para você estabelecer se deve optar pelo aluguel e quando se deve optar pela casa própria. Confira!
Aluguel: quando pagá-lo pode ser positivo?
Para muitos, comprar a casa própria é apenas um sonho e a opção mais viável financeiramente continua sendo os aluguéis. A maioria dos bancos cobram uma entrada de aproximadamente 20% do valor total do imóvel para iniciar um financiamento. Até juntar essa quantia, não há como realizar este tipo de operação.
Outro ponto a ser considerado são as taxas de juros. Em muitos casos, os valores dessas taxas podem comprometer a renda familiar e mudar totalmente o padrão de vida do novo proprietário. Uma pesquisa realizada pelo caderno Morar Bem, do jornal O Globo, fez simulações junto à Caixa Econômica Federal, e apontou que financiar 90% de um imóvel na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, cujo valor é de 727 mil reais, representaria o pagamento de parcelas de quase 6 mil reais iniciais. Para a maioria dos brasileiros, essa quantia é inviável!
Mesmo quando existem as condições financeiras para pagar esse valor, o dinheiro poderia ser melhor usufruído se fosse investido. O aluguel do mesmo imóvel gira em torno de 2,8 mil reais. Ao pagar o aluguel e investir o restante para dar uma entrada maior na hora de financiar, o futuro proprietário terá que pagar parcelas bem menores, o que aumenta o conforto financeiro até a última parcela.
Casa própria: quando o sonho é possível?
Claro, ninguém quer viver de aluguel para o resto da vida. Além de ser uma despesa fixa, essa situação não traz como contrapartida um aumento do patrimônio da família. Muitos especialistas recomendam que se junte pelo menos 40% do valor do imóvel na hora de financiar, o que pode reduzir bastante as taxas de juros. Há casos, inclusive, em que as parcelas pagas correspondem exatamente ao aluguel, dependendo do valor usado no início do financiamento.
É fundamental também fazer uma boa análise das instituições bancárias na hora de realizar este tipo de operação, já que a diferença de apenas 1% nas taxas de juros podem representar uma economia de 50 mil reais ao longo de 20 anos.
Por fim, se for o caso da aquisição do primeiro imóvel, usar o FGTS na entrada também pode ser uma excelente maneira para diminuir as parcelas e os juros.
‘Minha Casa, Minha Vida’: um novo modelo de financiamento
Uma alternativa para quem busca realizar o sonho da casa própria tem sido o programa ‘Minha Casa, Minha Vida’, promovido pelo Governo Federal através da Caixa Econômica. Além das casas populares, existe também a possibilidade de se obter financiamentos imobiliários com taxas de juros reduzidas. Para usufruir deste programa, no entanto, a renda familiar não pode superar os 5 mil reais e o valor do imóvel desejado deve ser igual ou inferior a 190 mil reais.
A grande vantagem é que as taxas de juros desta opção costumam ser as mais baixas do mercado, ficando entre 4,5% a 6,66%, dependendo do orçamento da família. Além disso, o governo ainda oferece um subsídio que pode variar entre 25 mil a 13 mil reais, dependendo da faixa de renda, para o pagamento de móveis para o novo apartamento.
Planejar as finanças pessoais é fundamental!
Comprar a casa própria é uma grande conquista e certamente uma ótima opção de investimento. Entretanto, é preciso se preparar financeiramente para este tipo de aquisição. Além de representar um grande impacto no orçamento familiar, não podemos ignorar o fato de que os bancos podem leiloar o imóvel nos casos de inadimplência, de modo a pagar o valor devido pelo proprietário. Por isso, faça um bom planejamento nas suas finanças pessoais antes de fazer qualquer escolha!
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